segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Eterno Desconhecido

 

Quem és?

Quem és tu, que cavalgando nuvens

Satisfaz um ideal frustrado?

Quem és?

Quem és tu, que vibras uníssono como o éter?

Ao te arrojares caindo docemente como amparado pelas asas de um arcanjo

Do corcel alado tonitroante em motores

Para enfrentar o silêncio vazio do desconhecido?

Quem és?

Serás um Deus ou Demônio

Serás um louco ou um homem?

Quem és?

Quem és tu que enfrenta o turbilhão de complexos

Que pululam

Em teu inconsciente,

Lutando contra a tua personalidade

Gladiando-se na incógnita vazia e silenciosa do teu ser?

Serás um Deus ou Demônio

Serás um louco ou um homem?

Quem és?

De onde vieste?

De que vives?

Com que sonhas?

Para aonde vais?

Serás tú um Deus

Ao sentir a brisa acariciante do espaço

Roçando-te as faces plácidas e viris,

Enquanto lá do alto,

Vislumbra um mundo tão pequeno

Aos seus pés de gigante.

Ou serás tu um demônio ao dominares,

Lá da imensidão dos céus,

Dando evasão aos teus recalques,

Sentindo-te dominador

Desejando que tudo aquilo se acabasse para

Que teu voo tornasse eterno...

Infinito?

Que estranho ventre gerou

Tão estéreo ser?

Será que em ti a genética se confunde na

Partonogenêse cromossomática

Em cruzamentos híbridos

De espécimes desconhecidas?

Complexa gênese é a tua.

Descedente de Deus

para os teus companheiros;

descedente de um demônio

confabulam os teus inimigos;

para os covardes sem ideal,

foste gerado de um louco;

tua esposa e tua prole,

sabem-te homem.

Tu és a simbiose perfeita

De Deus, Louco , Demônio e Homem

Alimentado pelo que vai e

Verdadeiramente existe no recôndito

Mais profundo do teu ego e superego.

És um paraquedista!

És um demônio

Com uma parcela de louco

És um homem

Com espírito de Deus.

sábado, 6 de setembro de 2014